quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Por que fazer xixi no banho


Não, não, vocês não leram errado o título de hoje.

Xixi no banho é o que há, crianças. Xixi no banho é tudo na vida, jovens. Xixi no banho é dez, colunáveis.

Fazer xixi no banho é mais importante que a vossa eleição ano que vem, senhoras e senhores governadoráveis, senadoráveis e deputadoráveis.

Aliás, vocês, vocês mesmos, candidatos, que adoram índices e estatísticas, saibam que 73% das pessoas faz xixi no banho contra 27% que não faz. E se não faz no banho, onde faz xixi essa turma anti-ecológica? Ora, no vaso, principalmente – onde cada descarga equivale a mais ou menos 12 litros de água, o que significa 4.380 litros de água em um ano. Multiplique isso por uma população enorme fazendo xixi ao mesmo tempo e dando descarga pra lá e pra cá e vocês vão ter uma idéia do prejuízo para a natureza.

Todas essas informações estão num sítio na internet, o www.xixinobanho.org.br, claro, promovido pela SOS Mata Atlântica. Assistam junto aos seus filhos, é bem divertido. Lá, por exemplo, vocês ficam sabendo onde é o maior desperdício de água de acordo com o local onde se faz xixi (disparado, a piscina; depois a privada, e o chuveiro; fazendo xixi na chuva o desperdício é quase zero, e, numa árvore, abaixo disso).

Pra quem acha que é nojento, que pode transmitir alguma doença, o sítio informa: 95% do xixi é pura água (não água pura, claro), e o restinho é uréia e sal.

Tem ainda um vídeo bem divertido, uma animação, onde são mostradas as pessoas que fazem xixi no banho: homens, mulheres, crianças, brasileiros, gringos, nobres, plebeus, músicos, desportistas, pessoas que são metade homem metade monstro, coisas do além, lendas brasileiras, gregas, pessoas boas, pessoas não tão boas, gênios da arte, da ciência, trapezistas, amantes, pessoas de outros planetas, fenômenos do cinema.

Só não falaram dos políticos.

Ainda bem. O que eles normalmente fazem, só pode ser feito na privada, mesmo.

*

glória

Leitor assíduo desta coluna, reclama da “breve crítica, algo tímida” que saiu por aqui, segunda passada, sobre o último filme de Tarantino. Suspeita que, talvez, eu esperasse “alguma ‘esteira’ que concordasse com sua [minha] apreciação”.

Não, meu caro: a pretensa crítica saiu, mais que tímida, resumida, apenas porque não tinha mesmo muito mais a dizer sobre “Bastardos inglórios”. É filme pra se ir ao cinema e se divertir de montão, mas não é nenhuma obra-prima, nem mesmo dentro da filmografia do diretor.

glória II

Mas, como se manifestou, coloco aqui as opiniões do leitor – que assina Cláudio Santos e achou o filme “sensacional”, talvez o melhor de todos os filmes do diretor, com enredo “ótimo” e atores “idem”.

spaghetti

Aliás, em se falando nos bastardos tarantinianos, há quem sugeriu uma associação entre o filme e o “spaghetti western”, gênero cuja ponta de lança é o incomparável e inimitável Sergio Leone (e ápice, “Três homens em conflito”, safra, 1966). E, neste caso, crianças, eu sempre digo: procurem os originais, rejeitem as cópias.

spaghetti II

A propósito, em se falando em massas, o Centro di Cultura Italiana MadrelinguA festeja o Dia Internacional do Macarrão (25 de outubro) com o evento “È Ora di Pasta!” – próximo sábado, 24.

Na entrada, “fantasia de bruschettas” (a bruschetta é sempre uma fantasia, tenho dito). E, como prato principal, três massas à escolha do gourmet: al pomodoro e basilico, al pesto e a carbonara.

Na Rua Souza Machado, 1034, Tirol, a partir das 20h30. Custa apenas R$ 12. Se liguem: 3219.4669.

FUlora

Vicente Serejo foi – e já voltou – ao Ceará, onde participou das solenidades do centenário do DNOCS (para os mais novos, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas).

Deve ter se encantado, não com a presença indefectível das inúmeras autoridades, mas com a apresentação do trabalho de restauro da coleção “Flora brasiliensis”.

Pra quem não lembra, são 15 volumes, mais de 10 mil páginas e quase 23 mil espécies catalogadas entre 1840 e 1906 por editores alemães, entre os quais o viajante Carl Friedrich Philipp von Martius.

Men at work

“Os homens aos 20 são infantis, aos 30 egocêntricos, e aos 40 nostálgicos” – de uma mulher sem barreiras etárias. E, ao ser retrucada que o que importa saber é em qual das faixas há maior risco de serem brochas, respondeu: “Em todas elas.”

Prosa

“o que é vivo não comporta cálculo”

Franz Kafka

Carta ao pai

Verso

“Se o meu Riacho é fluente / Há de secar – / Se o meu Riacho é silente / Ele é o mar –”

Emily Dickinson

“Se o meu Riacho...”

2 comentários:

  1. eu faço xixi no banho há tempos. desde a época em que era "teca" de saneamento. eu acho o máximo essa campanha que saiu agora. vamos todos fazer xixi no banho e caca na privada, pelamordedeus! um beijo querido, S.

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  2. Boa!!

    Desde criança que eu já fazia,ai meu filho viu a propaganda do "xixi no banho" e me falou.Aqui em casanós fazemos e as visitas são recomendadas a fazer também.

    Abraço!

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