terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vida inteligente após o Carnatal: prêmios, livros, mostras, debates e homenagens

HANGAR
Disputa dura será a escolha, hoje à noite, do Melhor Instrumentista segundo o Prêmio Hangar – concorrem oito nomes, todos de peso: Antônio de Pádua (pandeiro, cavaquinho e trompete), Di Stéffano (bateria), Dudu Taufic (piano), Gilberto Cabral (trombone), Samir Tarik (percussão), Sérgio Groove (baixo), e Manoca Barreto e Ricardo Baia (estes dois últimos, violão e guitarra).
Outras categorias também serão premiadas.
HANGAR II
O homenageado especial da 8ª edição será o músico Romildo Soares, que terá – neste, que é considerado um Seis & Meia Especial – suas composições interpretadas por 12 artistas (ditos “locais”).
Os cariocas do Situkerê encerram a noite de premiação com o show “Sai samba de Cartola”.
Tudo sai por R$ 10, inteira, R$ 5, meia – claro. No TAM, claro.
BRANCO
O dentista Henrique Gondim lança, hoje, 19h, na livraria do Midway, “Cavalo alado – uma senha para a liberdade”, segundo romance do autor, que, na esperança de ver brotar “novos talentos da literatura potiguar”, deixou as três últimas páginas em branco.
QUADRINHOS
Milena Azevedo, que precisou fechar sua Garagem Hermética Quadrinhos, avisa que está de plantão durante a exposição “A arte seqüencial no traço dos artistas do RN” para atender aos clientes.
A exposição começou ontem e continua até o próximo 21, no Espaço Agência Cultural Sebrae, alameda de Serviços do Natal Shopping Center, no horário normal do shopping, 10h às 22h. Já Dona Milena comparece em várias horas, dependendo do dia, mas, sempre, no horário das 20h às 22h.
VESTIBULAR
Já abertas as inscrições para a os cursos de Administração, Marketing, Ciências Contábeis, Turismo Bilíngüe, Hotelaria, Rede de Computadores e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da Faculdade Câmara Cascudo, que realiza vestibular próximo sábado, 13. Informações: 3198.1600 ou www.fcamaracascudo.com.br.
BOMBAIM É AQUI
Hoje, 19h, dentro da Mostra Internacional Bollywood (Goiamum), será exibido o filme “Bombay”, de Mani Ratnam, safra 1995.
O enredo é shakespeariano: um hindu se apaixona por uma muçulmana, casam-se, contra a vontade das famílias etc. O release diz que é um filme “bastante polêmico”, e que o diretor “teve a casa queimada após o lançamento”.
No Largo da Praça Augusto Severo (antiga rodoviária, Ribeira), mesmo local do Ene.
(Aliás, ninguém comentou um problemão do local e dos eventos realizados ali: durante o Ene o que tinha de carro estacionado irregularmente não era brincadeira. Os amarelinhos fizeram vista grossa.)
MESAS
Já pela manhã e à tarde, no auditório do SESC, rolam mesas – redondas, quadradas ou ovais, pouco importa: das 8h30 às 12h30, Cila Gabel, Geraldo Cavalcanti e Josenilton Tavares discutem as leis de incentivo à cultura. Já Gianfranco Marchi e João Baptista Pimentel trocam figurinhas sobre direitos autorais, das 14h às 18h.
ELOGIO
“Naquele tempo as revistas Fon-fon, Malho, Careta, já estampavam caricaturas do Erasmo, uma grande esperança. Infelizmente, morreu cedo, um gênio da pintura precocemente apagou-se, um astro que brilhava com grande intensidade. Parece que os gênios morrem cedo.” – de Dona Nati Cortez, no livro inédito encontrado recentemente pelo seu filho, Luiz Gonzaga. O Erasmo citado, “gênio”, astro a brilhar com grande intensidade, era Erasmo Xavier, que já foi biografado por Rejane Cardoso.
DELÍRIO
“Erasmo Xavier, o elogio do delírio”, a biografia do tio de Rejane, publicada em fins dos anos 80 , exige, há muito, uma reedição.
O designer Afonso Martins, responsável pela primeira edição, já se comprometeu em rever o projeto gráfico, quase sua estréia na arte que o consagrou – exceção à regra, aliás, que se auto-impôs: há tempos, Martins evita assumir empreitadas do gênero, mais dedicado que está ao trabalho autoral.
CASCUDIANA
Outras exceções martinsianas foram as capas dos 15 livros que a UFRN lançou recentemente no seu cinqüentenário.
Aliás, os quatro livros de Cascudo (“O tempo e eu”, “Nosso amigo Castriciano”, “Vida breve de Auta de Souza” e “Vida de Pedro Velho”), mais a “Viagem ao universo de Luís da Câmara Cascudo”, de Américo de Oliveira Costa, terão novo lançamento, hoje, 19h, no Museu Câmara Cascudo, durante a abertura da exposição “Ler/sonhar: signos da busca da brasilidade no encontro Mário de Andrade-Câmara Cascudo”.
As fotografias das cinco capas são de Max Pereira.
Cinco boas sugestões, enfim, para quem quer bancar um Papai Noel, digamos, mais papa-jerimum.
SAUDADE
Voltando à Dona Nati Cortez, seu filho corrige a própria informação repassada, aqui, ontem, sobre o título dos originais: “Nati e o Natal do seu tempo de menina – Jornal da Saudade” é o verdadeiro título. E informa a data da escritura: entre o 8 de dezembro de 1957 e o 10 de setembro de 1964, mas com o ponto final aposto somente em 1967.
O TEMPO E EU
Vergonha, vergonha, vergonha: no Prosa de sábado passado, engoli o “g” de “fisiológicas”. A frase completa era: “A nossa Memória deveria ter limites, como outras funções fisiológicas.”
Frase do mestre Câmara Cascudo, claro. O que aumenta o rubor nas minhas fauces.



PROSA
“A raposa prega a coexistência pacífica nos galinheiros.”
Câmara Cascudo
O tempo e eu
VERSO
“Teu corpo é um róseo vinho alucinante
De febre enchendo os corações partidos”
Henrique Castriciano
“Amor pagão”

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